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Beth Lopes

Beth Lopes é diretora teatral, pesquisadora, e colaboradora do PERFORMA. Com uma reputação de encenadora não convencional, Beth Lopes provoca com seu humor mordaz, colocando em cena personagens extraídas de um mundo de acontecimentos vertiginosos, apaixonados, violentos, múltiplos e simultâneos. Além da força visual e da teatralidade performática dos espetáculos, ela reflete com vigor cênico o “Zietgest” (espírito da época) contemporâneo. O núcleo visceral da sua pesquisa cênica explora sempre inovações nas formas e técnicas do trabalho com o ator. Seu trabalho busca dar legitimidade ao ator como um criador que dispõe de recursos próprios para a produção de uma interpretação consistente, para assim dar conta de uma nova dramaturgia que subverte os paradigmas do teatro tradicional. Limitar as fronteiras da sua estética é tarefa difícil e pode não expressar a diversidade expressiva do seu trabalho. A cada espetáculo ela busca ultrapassar os limites da palavra para criar com o corpo do ator, com a iluminação, com a música e com o espaço um texto cênico específico e vibrante.

 

Dentre os inúmeros espetáculos dirigidos por ela, cabe destacar: Doces Lembranças (1998), a partir do livro de Ecléa Bosi intitulado Lembranças de Velhos; Em Lugar Algum (1998), baseado no livro Tempo de Despertar, de Oliver Sacs; Silêncio, a partir de Self-Accusation de Peter Handke (2000); Descartes (2001), a partir da meditação metafísica IV de René Descartes Do Verdadeiro e do Falso (2001); Albergue de Fantasmas (2003), a partir dos sonhos dos próprios atores e textos de Jorge Luís Borges; Quarteto em Diagonal (2004), texto de Heiner Müller; e (A)tentados, texto de Martin Crimp (2007).

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