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Nativo/Native

Essa performance, que teve sua estréia no Departamento de Performance Studies da Tisch School of the Arts – NYU (New York University), em 2010, partiu de questōes relacionadas ao ‘ser nativo’. Porém, longe de tentar dar uma resposta a tais questōes, as explorações performativas desenvolvidas nesse caso foram permeadas por várias tensões: a tensão entre identidade e alteridade, entre a necessidade de reconhecer as próprias raizes e a necessidade de estar em constante movimento, entre o que nos parece estranho e o que nos parece familiar. Buscou-se, assim, capturar antes de mais nada forças e intensidades que podem gerar um sentido especifico: o sentido de pertencimento. E a partir dessa busca chegamos a uma pergunta específica: em que medida é realmente possível experienciar esse tipo de sentido hoje?

A carne, a faca, a tábua, e o papel, assim como as interferências sonoras – textos em off escritos por Matteo Bonfitto e intervenções feitas por Elisabeth Lopes com um microfone – adquirem aqui um valor de elementos explorados em sua materialidade a fim de gerar estados e reverberações, ao invés de situações. Trata-se portanto nesse caso de uma manifestação expressiva que está mais próxima da dimensão do que podemos chamar de ‘presentação’ do que daquela da ‘representação’. Nesse sentido, Nativo pode ser visto como um desdobramento de Slêncio e Descartes, trabalhos anteriores no Núcleo.

Ficha Têcnica:

Performers: Matteo Bonfitto e Beth Lopes

Ambientação espacial e sonora: Matteo Bonfitto e Beth Lopes

Texto em off: Matteo Bonfitto

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